20.11.06

O feitiço contra os feiticeiros

Sorriso aberto, cabelos soltos e celular na mão. É assim que Deca Soares se apresenta. A jovem é jornalista e trabalha na editoria de esportes da Zero Hora. Na sua companhia está Gabriel Camargo, colega do jornal. Os dois parecem confortáveis na posição que não costumam estar: a de entrevistados. Ao olhar atento dos estudantes do curso de extensão “Jornalismo Esportivo na Prática”, eles começaram a falar sobre as suas rotinas e sobre os desafios da profissão.
Como a semana era do Gre-Nal após o dos incidentes do dia 30 de julho no Beira-Rio, onde banheiros foram queimados pela torcida gremista, perguntas sobre o assunto foram inevitáveis. A violência nos estádios em si foi abordada. Gabriel afirmou que quando vai a trabalho em um jogo fica difícil analisar as questões relacionadas à arquibancada. A imprensa tem um acesso diferente e não permanece em contato direto com a “galera”. Deca ressaltou que a prevenção é o caminho diante das complicações atuais, “a segurança é fundamental”.
Apesar de o assunto futebol prevalecer inclusive nas páginas dos jornais, na conversa Deca lembrou a importância de apresentar e divulgar os outros esportes na mídia. Ela é editora de esportes amadores e expôs que é uma área fascinante para ser explorada. O espaço é pequeno, mas as maneiras de trabalhar são muito grandes. Os atletas são mais disponíveis e os assessores fornecem materiais variados.
O curso tem um número elevado de mulheres. A pergunta para Deca sobre a presença feminina em um universo antes dominado por homens foi inevitável. Ela afirmou que tem muito respeito nas relações e que dentro da redação não existe preconceito. Gabriel lembrou o clima descontraído da editoria de esportes, constantemente o grupo faz churrascos ou se reúne. Ele ainda brinca: “Às vezes chega a ser difícil de trabalhar”.
Os dois profissionais se despedem dos focas (maneira como são chamados os iniciantes na área jornalística). Um desejo de boa sorte permanece. A possibilidade de cruzar em uma situação diferente, como colega, por exemplo, também.

Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns Ananda. Gostei dos teus textos. Ta valendo o investimento. Beijos.