26.8.07

Fase do saco cheio

Entrei em um período da minha vida em que não sei o que eu quero. Ou melhor, a cada momento desejo algo diferente. São muitas vontades e pouca oportunidade. Sinto como se os dias apenas passassem por mim. Espero o fim de semana, o próximo mês, uma data especial. No entanto, tais dias se desfazem de maneira quase imperceptível. Então eis que surge a questão: quando chega a hora de viver?
Estou quase no meio da minha faculdade e as inseguranças tomam conta de mim. O futuro parece tão incerto, tão perto e tão distante. Vivo em um misto de ansiedade e medo. Sim, temores me acompanham e por vezes não me deixam dormir. Chegam lentamente e de forma súbita. Resgatam a minha insegurança. Enlouquecem-me.
As palavras faltaram agora. Li o que escrevi acima e me perdi. Sendo assim, o texto é um reflexo de mim agora. Pequeno, contraditório e complexo. Essa sou eu. Pequena, contraditória e complexa. Coitados dos que me aturam.

Detalhe: Aprendemos que em um texto quando se faz uma pergunta devemos respondê-la. Perdão, não tenho uma solução para o questionamento feito acima. Terei que romper essa regra de redação.

3.8.07

Saneamento Básico




O filme "Saneamento Básico", de Jorge Furtado, é surpreendente. A história envolve um grupo de pessoas que se une para construir uma fossa na cidade do interior em que vivem. No entanto, para que tal obra seja consolidada é necessário fazer um vídeo ficcional para ter acesso a uma verba do governo. O elenco é excelente e se demonstra em sintonia. Os atores conquistam o público e tornam as cenas da produção do curta-metragem hilárias. Fernanda Torres conduz com seu humor único o desenvolvimento da obra. Os cenários gaúchos são explorados de maneira intensa e admirável. As peculiaridades de uma cidade pequena são transpostas com total realidade, o que transfere vivacidade ao filme. Talvez em alguns momentos a história tenha se desviado da sua essência, porém a qualidade de “Saneamento Básico” como um todo é inquestionável.